3 de março de 2010

O eco ainda ecoa




Sem rimas, sem imas pros versos... infértil de tudo e cheia de nada.
Sem um suspiro pra me inspirar fico perdida na imensidão do meu vazio.
Sinto-me oca, no som que ecoa os gritos do meu silêncio
Fico a beira do abismo me questionando
Se mais uma vez ergo as asas para um vou rasante ou apenas plaino por ali
De um lado as certezas que me trazem dúvidas
Do outro as dúvidas que me causam incertezas
È bom ver-me refletida em seus olhos
Mas e os meus? Refletem o que?
O eco ainda ecoa os gritos do meu silêncio
Por que eu ainda não disse: “Não se apaixone!!!”
Coisas tão embriagantes de ouvir que me recuso a acreditar
O olhar de menino-homem em busca do ardor do amor
Ou o homem que quer ser menino e curar os medos de amar?
É tão bom como me olha
Mas por que não flutuo?
O eco ainda ecoa os gritos do meu silêncio
Quero recolorir o meu azul
Com suas cores estampadas no corpo
Mas por que seu branco ainda me tira a paz?
Eu que tanto critiquei suas dúvidas agora estou cercada delas...
Essa mania de borboletear num paradoxo com a vontade de me aninhar
Quero entrar em combustão e queimar de paixão
Mas como entregar-me se ainda estou ali?
Na beira do meu abismo... o vazio ainda ecoa os gritos do meu silêncio


Simplesmente Kel
Pekena... TUA PEKENA