28 de abril de 2009

Tem alguém ai?

Tem alguém ai?
Alguém ta me vendo?
Você veio me beber hoje?
Uma dosinha de mim?
Só me diz se tem alguém ai?
Só preciso saber se ainda me sente?
Ainda estou em você?

26 de abril de 2009

Na imensidão do vazio surge a voz do tédio

A dor passou, restou o gosto amargo do remédio
Sem rima, sem prosa, sem ima pros versos
Na imensidão do meu vazio surge a voz de tédio

Eu gritando por mim, no meu infinito empoeirado
Busco respostas e novas perguntas
Mas é como tentar achar num quadrilátero de água refletido numa calçada qualquer, cores ofuscadas de um arco-íris desbotado

Me acho nos desencontros da vida,
me busco em sorrisos, em pessoas
Mas me encontro perdida novamente,
é da minha natureza perder-me
Me apego em vícios evasivos,
vício de sentir dor

E depois que a dor passa,
resta o gosto amargo do remédio
Sem rima, sem prosa, sem ima pros versos
Na imensidão do meu vazio surge a voz de tédio


Simplesmente Kel
Pekena Kel

13 de abril de 2009

Só se ama assim uma vez

As vezes sinto minha ferida sangrando, mas te sinto aí em carne vivas também
Pego-me pensando, remoendo
E como um vulcão, surge queimando como lava quente
Roubando-me de mim
Entorpecendo-me os sentidos e a razão
Sugando-me como um vampiro
Torna-se quase incontrolável a vontade de qualquer contado, qualquer notícia tua
Sei que ainda vai doer, queimar, ressurgir por muito, muito tempo
Pois só se ama assim uma vez


As juras de amor foram tantas que talvez tenhamos nos dado em troca delas
E agora estamos presos na cela que nós mesmos criamos
Na cela sem grades, nem portas, só amarras criadas de nós que nunca desatamos

Cometemos o crime de amar desmedidamente
E você decidiu pagar sua penitência me punindo
Em busca de subterfúgios que nem sempre te bastam
E aí vem a tristeza, essa mesma que sinto constantemente

Hoje, ontem e sempre
Buscando vozes, cheiros e sorrisos que me lembrem você
Mas você já não está mais em todo lugar
Teu sorriso é desbotado e triste apesar de ser mais frequente

Mas um pensamento inquietante me cutuca a alma
Gritando teu nome e te fazendo ressurgir vez por outra
Perco meu chão, sinto raiva, ódio, saudade
Qualquer coisa menos indiferença

Erros imperdoáveis, injúrias malditas
Palavras ao vento, falsas promessas
A dúvida incessante do amor verdadeiro
Quem ama fere? Louco amor seu...
Quem ama trai? Louco amor meu...

Num instante ainda te amo, no outro te odeio mais
Qualquer coisa menos indiferença
Sei que ainda vai doer, queimar, ressurgir por muito, muito tempo
Pois só se ama assim uma vez

2 de abril de 2009

Nas profundezas do Absurdo


Meu deus!!!!!!!!!!!!!oque é isso??????????

Nas profundezas do absurdo, uma voz a de surgir entre as margens do rio Nilo.

Sem explicações, sem ênfase ou crases, que nos leva a desperceber a vida.

Acreditar no inacreditável papel.

Suplicar por trégua e respostas. Ou flutuar do chão denso.

À palcos e histórias que não dizem nada, quando se é espectador.

O não crer em referencias bibliográficas, o fim do novo.

O inicio do velho, vejo muitas mudanças.

Frios, calores e assombrosos dias felizes, nos levita para as profundezas nos fazendo pensar em sei lá o que.

Más enquanto existir ar e água, existirá vida na terra, e enquanto surgir seu cheiro pelo ar, e seu suor a rebelar; haverá um coração batendo entre os imortais.


Poesia significa o quê?

Pessoa obstinada eternamente, e infinitamente a amar?

Ou vem do adjetivo poeta, alento, inspiração, encanto, atrativo e entusiasmado criador.

Quando a lagrima do mar tocar tal pele. Me fará cortejos e exaltações, entendendo o que é secar de tanto ar.

E o mesmo mundo dos imortais, me aplaudiram com simples olhos de uma criança ao andar pela primeira vez.


Simplesmente "De"