15 de fevereiro de 2013

"Sobra Tanta Falta"


Onde foi que eu me perdi?
Cadê... cadê?
Sobra tanta falta que não me acho...


Sobra tanta falta de espaço que mal me cabe ali
Em que canto foi que larguei a mim?
Tem tanta bagunça acumulada que nem sei onde procurar

Sobra tanta falta de você que até esqueço de mim
Lembrei quem sou...
Mas sobra tanto do que fui!!!


Tem tanto eu em você que não sobrou nada de mim???
Os dias não são mais azuis...
Não sobrou nem as lembrança de terem sido!!!
Será que um dia foram?

Onde foi que guardei os dias com gosto de infância?
Nem sei mais do que sentia tanta falta...
Sobra tanto tempo!!!
Será que ainda posso sonhar?

Me encontro perdida
Vivendo do acaso...
E morrendo congelada nos dias mornos!!!



Simplesmente Kel

(13 de janeiro de 2011)



Manifesto Dissonante


...Ou Indignação do Mundo Pós-Moderno
 

A “bossa” não é mais nova
Onde estão os idealistas, os sonhadores e trovadores?
Aqueles que cantam dor e choram amor.
 

Só sobraram os capitalistas, fanqueiros e banqueiros?
Ao menos têm os blogueiros...
Esses medievais que mandam flores virtuais.

Num click as memórias são deletadas
As digitais impressas...mas não revelada€s


E fica sem ima e sem rima... Pros versos perversos

Sem  chorus,
Só a inspiração pra uma simples canção

Dissonante!

Kel Antunes

Um destinatário para a saudade

Pelas frestas da memória visito o meu estoque de recordações, vejo os dias passarem inclementes, desbotando saudades, enquanto eu insisto em tecer a vida com os fios da esperança...
Faço um inventário das minhas saudades e penso: reconstruir é um processo difícil e doloroso, pois a vida e suas urgências tentam ensinar-me a abrir mão de pessoas, coisas e lugares que não consigo.
Encaixotando minha vida, encontrei meu baú da “pátria de intimidades”... Velhas fotografias, cartas de amor e pedaços de carinhos, pensei: na minha vida ninguém está de passagem e, por isso, meus afetos também não têm prazos de validade.
Como posso esquecer pessoas, cheiros e lugares que ficaram marcados na minha existência?
Como esquecer o que me remete a uma alegria escancarada, se em todas as minhas lembranças há sempre um rastro de felicidade?

Por tudo isso, parece que o meu destino é não aprender a dizer adeus, pois no enredo da minha vida não há um alvará de soltura para a saudade.
Rabisco em meu corpo marcas eternas, mas preservo-me a alma nas pontas dos dedos para que o verbo caiba no universo dos meus sonhos e a saudade brinque de rabiscar novas cores...

Sigo brincando com as palavras, garimpando vocábulos que escondem o que sinto e brinco de enganar a dor. Quando chove saudade, deságuo pensamentos e manuseio o alfabeto tornando meus devaneios, meus gritos de apelo...

Saudade... de quem? De quem nem sei mais quem sou...

Vagando no meu mundo à deriva da minha imensidão, deixando que o sal das lágrimas aumentem o brilho do meu olhar e a inquietação das palavras, quase sempre mal compreendidas, remetam-me às lembranças do que NUNCA DEIXEI DE SER...
Há quem me acuse de saudosista e de viver no passado. Cobram-me até por frases que se tornaram obsoletas e que eu as pronuncio. Dizem ser por absoluta incapacidade de abrir mão do que ficou pra trás. Não sei se isso é fato, o que sei é que ando sentindo falta de tanta coisa, que só brincando com as palavras consigo trazer para perto de mim, um pouco do muito que perdi para esse admirável mundo novo...

Simplesmente Kel... Pekena

13 de fevereiro de 2013

Como uma Fênix



Como uma Fênix...
Fiz do meu ninho minha sepultura
E do meu berço meu templo
Como uma Fênix...
Alcei vôos com cargas tão pesadas,
Que só uma lendária suportaria

Como uma Fênix...
Produzi sons reveladores
Arranquei lágrimas lamentosas dos cantos e encantos

Como uma Fênix...
Queimei meu coração no lamento da dor
E na tirania da quase morte...
Bati as asas lançando as cinzas ao vento
Ressurgindo relusente e límpida
Com a alma imaculada de um novo ser!!!



Simplesmente Kel...



Há exatos 2 anos ressurgida das cinzas!!!