8 de dezembro de 2008

Momentos de desespero!!!

Eu estava ali, sozinha comigo mesma...
O telefone tocou eram eles... juntos, fracos que precisavam apoiar-se um no outro pra conseguirem o que sozinhos jamais conseguiriam: me afastar!!!
Mas aquelas palavras, aquela energia ruim me tomou conta, era insuportável ouvir, eles me convenceram que eu era realmente tudo aquilo que eles queriam que eu fosse... repulsiva, podre, pobre de espírito...
Me perdi... me senti o pior dos seres humanos... queria acabar com aquele momento, esquecer quem eu sou, quem eu fui... e as palavras deles me incentivavam cada vez mais... morre logo!!!
Então lembrei delas... das malditas cartelas ganhadas pela mãe daquele que me levou àquele sentimento, que tirou de mim o meu pior... que me fez mudar e depois mudou de mim, que me transformou por um momento nesse ser humano traidor e tão cheio de inseguranças...
Quase uma hora se passou... lentamente... cheguei a pensar que nada aconteceria, mas foram muitas... pensei em meus filhos... que me perdoassem, mas a dor era insuportável e eu precisava para-la, pensei em minha mãe, que sofreria mas repassaria minha história à meus filhos, pensei em meus amigos que sentiriam minha falta, mas contariam minha história para o mundo...
O efeito que achei que não viria começou a aparecer... senti medo... ta acabando pensei... agora não tem mais volta, o sono era incontrolável e eu sabia que seria eterno...

Quando acordei tinha uma agulha no braço, um tubo na garganta e uma sensação horrível...

Continuava viva... com mais mágoa que antes, com a mesma dor e com muito mais decepção!!!

Um comentário:

  1. Fênix. do grego phoinix (ϕοῖνιξ) que significa vermelho.

    É um pássaro mítico, e sua origem remonta os desertos da Líbia e da Etiópia. Vive isolada, pois só existe uma de cada vez e seu reinado é absoluto. Não se alimenta de sementes ou folhas verdes mas de óleos de bálsamo e gotas de olíbano. Outra característica da fénix é sua força que a faz transportar em vôo cargas muito pesadas, havendo lendas nas quais chega a carregar elefantes.

    Dotada de uma beleza esplendorosa, suas penas eram vermelhas e douradas como as cores do Sol nascente; seu bico extraordinariamente longo e duro é perfurado com uma centena de orifícios, assim como a flauta. Cada abertura em seu bico produz um som diferente, e cada um desses sons revela um segredo particular, sutil e profundo. Quando ela faz ouvir essas notas plangentes, os pássaros e os peixes agitam-se, as bestas mais ferozes entram em êxtase; depois todos silenciam. Foi deste canto que um sábio aprendeu a ciência da música.

    Quando ela pressentia aproximar-se o momento de retirar o seu coração do mundo, isto a cada cinco séculos, construía um ninho de ramos untados de gomas odoríferas, nardo e mirra.
    Em meio a essas folhas entoa tristes melodias, e cada nota lamentosa que emite é uma evidência de sua alma imaculada. Enquanto canta, a amarga dor da morte penetra seu íntimo e ela treme como uma folha. Os pássaros e animais são atraídos por seu canto, que soa agora como as trombetas do Último Dia; quem aproxima-se para assistir o espetáculo de sua morte resigna-se a deixar o mundo para trás e a morrer. Um grande número de animais morre com o coração ensanguentado diante da fênix, por causa da tristeza de que a veem presa.

    Alguns soluçam em simpatia, outros perdem os sentidos, outros ainda morrem ao ouvir seu lamento apaixonado. Quando lhe resta apenas um sopro de vida, a fênix bate suas asas e agita suas plumas, e deste movimento produz-se um fogo que transforma seu estado. Este fogo espalha-se rapidamente para folhagens e madeira, que ardem agradavelmente. Breve, madeira e pássaro tornam-se brasas vivas, e então cinzas.

    A fênix permaneceu por mil anos completamente só, no lamento e na dor, sem companheira nem progenitora. Não contraiu laços com ninguém neste mundo, nenhuma criança alegrou sua idade e, ao final de sua vida, quando teve de deixar de existir, lançou suas cinzas ao vento, a fim de que saibas que ninguém pode escapar à morte, não importa que astúcia empregue.

    Sabe, pelo milagre da fênix, que ninguém tem abrigo contra a morte. Ainda que a morte seja dura e tirânica, é preciso conviver com ela, e embora muitas provações caiam sobre nós, a morte permanece a mais dura prova que o Caminho nos exigirá.

    Porém, quando a pira foi totalmente consumida e a última centelha se extingue, uma pequena fênix desperta do leito de cinzas.

    E lá no seu ninho, que ao mesmo tempo é sua sepultura e seu berço, permanece até crescer e adquirir forças o bastante, para colocar piedosamente o resto de sua progenitora em um ovo de mirra e voar até a cidade egípcia de Heliópolis, onde os colocava no Templo do Hélio (o Sol).

    A crença na ave lendária que renasce das próprias cinzas existiu em vários povos da antiguidade como gregos, egípcios e chineses. Em todas as mitologias o seu significado é preservado: a perpetuação, a ressureição, a esperança que nunca tem fim.

    Existe um paralelo que a colocam ao lado do Sol, que morre todos os dias no horizonte para renascer no dia seguinte, tornando o símbolo da morte e do renascimento da natureza.


    Qualquer semelhança deste texto com o seu é “mera coincidência”.

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